O Peso da Pele
Em cena três atores testam um método, procuram uma fórmula, uma única certeza para salvar a sua relação com o mundo e com a existência. Presos, como Sísifo, à condição de embrenhar os seus esforços em tentativas e sucessivos fracassos, numa existência em que só lhes resta usar o corpo para passar o tempo. Para matá-lo. Para atravessá-lo. Tentam de novo. De novo. Numa procura incessante. São atores que não se conformam. Que não podem ficar sempre sem resposta. Se não for hoje, será amanhã. A lucidez do agora será esquecida e novamente alcançada. Poderão alguma vez ser homens e mulheres absurdos? Partir sem querer deixar nada para trás? Ler a teoria não basta, têm de experimentar. Ambicionar viver em quantidade, fazer uso da pele de atores para poderem ser tudo ao mesmo tempo que não são nada. No fundo desse corredor, serão leves. Etéreos.
Qual é o verdadeiro peso da condição humana? Quanto pesa o labor diário, fútil e repetitivo, a inevitabilidade da morte, as incongruências da realidade, as relações fragmentadas e as expectativas falhadas? Peso a mais para um ser só. Quanto pesa a pele, os ossos e os músculos de uma eternidade escrava? Peso a mais para a humanidade carregar. “O Peso da Pele” nasce da procura do lugar do absurdo e da revolta quando o cenário desaba, a pedra rola e o homem fica a sós com a sua consciência.
Sinopse
Esta noite, Perséfone vai ter que dormir sozinha, ainda por cima num quarto que não é o dela, recheado de sombras estranhas e ruídos assustadores. Até o peluche que lhe faz companhia não é o seu. E surge na cabeça da pequena Perséfone a grande questão: “Para que serve a noite?”. Armada apenas com coragem e curiosidade, a menina heroína embarca numa viagem emocionante à descoberta dos segredos da noite.
“A noite serve… para caçar pensamentos. A noite serve… para ter saudades.
A noite serve… para contar segredos.”